CEMITÉRIO DO CHICO CIGANO

Por: Jucey Santana

O cemitério do Chico Cigano e seus fantasmas era história favorita, na minha época de criança, pelos mistérios que evocava.Constantemente as caravanas de ciganos invadiam Itapecuru-Mirim, de acordo com sua natureza e cultura nômade, com homens negociando tudo: joias, cavalos, relógios, objetos e lembranças das outras regiões de suas andanças, enquanto isso as mulheres ciganas, abordavam as pessoas nas ruas, para ler as mãos, botar cartas e assim  prevê o futuro das moradoras mais crédulas.

Eu tinha medo porque corria boato que roubavam crianças e tinham reza forte!Dos muitos bandos que se arranchavam nos arredores da cidade, embaixo dos mangueirais ou taperas, o do Chico Cigano (Francisco José da Costa) era muito popular na cidade, tendo angariado muitas amizades. O bando possuía até um pequeno cemitério para enterrar os seus mortos. Segundo informes, na década de 30 o chefe faleceu depois de demorada enfermidade.

Como o misticismo faz parte dos hábitos dos ciganos, o assunto “morte” era sagrado e o morto chorado muitos anos. As viúvas raspavam os cabelos, se cobriam de preto e viviam em função da memória do esposo, trazendo suas relíquias junto ao corpo, (relógio, anéis, dentadura...).A viúva, Raimunda Cigana assumiu o "Bando" e vinha anualmente, no aniversário da morte do esposo prestar homenagens fúnebres e segundo costume cigano, trazer oferendas e fazer a manutenção do cemitério.

Depois da sua morte a tarefa ficou a cargo da sua única filha, Aldenora e seu esposo Erasmo Cigano.  Com o desaparecimento desta, dona Mariquinha de Honorato e suas filhas assumiram a manutenção do local, que consistia em uma casinha caiada, com portão de ferro e no seu interior o túmulo com um orifício ao lado para receber as ofertas das promessas.Segundo o costume, ele se tornou “milagreiro”, protetor dos viajantes e negociantes que vinham da zona rural negociar seus produtos isto, porque os ciganos eram excelentes estrategistas nas negociatas.

Também era protetor das famílias, por ser bom pai e querido líder, mantendo as tradições ancestrais, com justiça e sabedoria. Minha mãe era devota, do cigano. Como era oriunda da zona rural, tinha fé nas crendices populares, simpatias, parteiros, mandingueiros, benzedores e até no Chico Cigano.

Vargem Grande: Bandidos assaltam Mercadinho Lobo Filho e atiram em funcionária

Por Blog do Alpanir Mesquita.

Hoje (08) de Agosto, por volta das 10h30, o Mercadinho Lobo Filho, localizado na Avenida Castelo Branco, no centro de Vargem Grande, foi vítima de assalto.Dois meninos em uma moto chegaram ao local armados e anunciaram o assalto para as atendentes dos caixas. Eles levaram uma boa quantia em dinheiro e um celular de uma funcionária.

Não satisfeitos, ainda atiraram contra outra atendente. O tiro perfurou o braço. Ela foi socorrida as pressas e levada para o Hospital Municipal Benito Mussolini, de onde foi encaminhada para São Luís. O ferimento sangrava bastante e seu estado de saúde inspira cuidados.

Os dois assaltantes empreenderam fuga para a MA-020, com sentido a Coroatá. A Polícia Militar esteve no local, que encontra-se cheio de populares, e já está no encalço deles.Como podemos observar, a audácia dos bandidos em nossa cidade está demais. Em plena luz do dia acontecendo fatos como esses. A situação se agrava ainda mais devido a Polícia Civil estar em greve e com a proximidade do Festejo de São Raimundo Nonato.

Rádio Capital é condenada a pagar 25 mil de indenização trabalhista a radialista

Por Leandro Miranda/Blog Marrapá

A Rádio Capital AM acaba de ser condenada a pagar R$ 25.506,50 ao radialista William Vieira, ex-operador de áudio e locutor da emissora pertencente à família do senador Roberto Rocha. O valor é referente à indenização trabalhista que deveria ter sido paga quando o mesmo foi demitido da emissora, há cinco anos.

“Desde o início da ação trabalhista, eles recorreram várias vezes, tendo que contratar vários advogados, mas perderam em todas. Eles preferem pagar advogados que resolver o problema. O edital foi publicado porque a justiça não encontra ninguém da família para a notificação da decisão”, diz o radialista que agora é apresentador do programa ‘Cidade Alerta’, em Itapecuru.

Segundo ele, essa é uma ação indireta de contrato, quando o empregador não cumpre com o que foi acordado com o empregado, sendo algo inédito no Estado. “Já foi feita a penhora online dos sócios. A rádio não pode fazer contrato, tá com CNPJ sujo. Agora os bens devem ser penhorados para garantir o pagamento da dívida”, acrescenta o radialista.

O valor total da condenação deveria ter sido pago até o último dia 31, mas, até o momento, isso não ocorreu. Se a indenização não for paga no prazo de 15 dias, a emissora da família Rocha estará sujeita a multa e penhora de bens.